quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Atualização Patrimonial Novembro/2017: 226.625,34 (+ 3.223,30) e Rentabilidade (- 0,85%)



Então é o fim de mais um mês, como outro qualquer, mais considero o encerramento do mês de novembro uma data importante pois abre as portas para o último mês do ano: dezembro. Embora o início e fim de um ano seja apenas algo simbólico, não há dúvidas que é algo que mexe muito com nosso psicológico no que diz respeito à metas e objetivos de vida. Portanto dezembro é um mês para se fazer uma retrospectiva do ano vivido e já começar a projetar os planos para o ano seguinte.

Por isso, em dezembro, provavelmente farei um ou mais artigos de retrospectiva do ano, tentando contemplar logicamente a evolução das minhas finanças no ano, mas também outras áreas da vida como carreira, blog e atividade físicas. Aliás, essa é uma estrutura interessante para o homem moderno bem sucedido: estar bem financeiramente, estar bem profissionalmente, ter um blog/site de respeito, e estar bem fisicamente. Para completar a estrutura perfeita falta apenas o pilar "mulheres", mas esse assunto não pretendo abordar aqui.

Em relação às finanças, infelizmente foi mais um mês de rentabilidade negativa, a instabilidade do governo (já reflexo da corrida eleitoral do próximo ano) e as dúvidas sobre a aprovação da reforma da previdência estão derrubando o mercado. De qualquer forma, me mantenho sereno, focando nos aportes e tendo a consciência que meus investimentos são de longo prazo. Se eventualmente a reforma da previdência sucumbir e o mercado desabar, será uma grande oportunidade de compras. 

Pois bem, vamos aos destaques do mês de novembro e para a carteira.

BOAS NOTÍCIAS: IMÓVEL ALUGADO



No fechamento patrimonial passado eu havia relatado que o inquilino do meu imóvel tinha rescindido o contrato, o que significaria não só a queda de receitas (com a perda do aluguel), mas acréscimo de despesas com os custos do imóvel (notadamente condomínio).

O imóvel estava anunciado para aluguel por R$ 1.000,00 e um interessado fez a proposta de R$ 800,00, inegociável. Como relatei antes, não gostei dessa postura nem do valor e recusei o negócio. Poucos dias depois surgiu outro interessado fazendo uma proposta de R$ 850,00. Novamente eu avisei a imobiliária que o valor mínimo aceitável era R$ 900,00. Dessa vez, eles foram habilidosos na negociação e fecharam o aluguel por R$ 900,00.

Considerando que os aluguéis estão em queda, achei o valor bem satisfatório. E o melhor é que acabei nem ficando no prejuízo, pelo contrário: a multa que o outro inquilino pagou cobriu com sobras o prejuízo do tempo que o imóvel ficou desocupado. Foram, no total, 40 dias de vacância.

A parte ruim é que indaguei a imobiliária sobre a possibilidade de não declarar os aluguéis para a Receita Federal (vide essa postagem) mas eles falaram que não existe essa possibilidade. Malditos!

CARTEIRA

APORTE DO MÊS: R$ 4.000,00

O aporte do mês, seguindo a estratégia que tracei, foi novamente direcionada integralmente para a renda variável, visto que meu portfólio atual ainda está muito concentrado em renda fixa.

Ainda na onda de balancear a minha carteira, o aporte foi totalmente destino à compra de Fundos Imobiliários. Eu iria fazer mais uma compra na oferta pública de MFII11, que é um fundo que tem mostrado um potencial grande com seus empreendimentos - loteamentos e incorporações residenciais -, entretanto quando fui efetuar a reserva, a oferta tinha se encerrado. Dessa forma pretendo deixar R$ 2.750,00 na corretora para ver se pego a próxima oferta. Comprei efetivamente um punhado de FIIB11, que é um fundo detentor de parte do Perini Business Park, um gigantesco condomínio industrial em Joinville/SC.


Esse mês ainda comprei GRND3, mas foi com recursos do aporte do mês passado, que haviam ficado parados no caixa da corretora. A empresa está com cotação em queda, seu último balanço mostrou um pequeno recuo do lucro, principalmente em virtude de aumento de tributação e queda do dólar. Embora a companhia esteja exposta à incentivos fiscais (que precisam ser periodicamente renegociados em cada estado, o que é uma dor de cabeça) e variação cambial (visto que suas receitas de exportação são significativas), os fundamentos ainda estão consistentes, merecendo assim o investimento, mas mantendo um olhar atento.

A carteira ficou então da seguinte forma:



A seguir, detalhes das carteiras de ações e fundos imobiliários:





Já a rentabilidade auferida foi a seguinte:




Observa-se que os Títulos Públicos foram os grandes vilões do mês, apresentando a segunda forte queda seguida, mês passado havia caído -2,58% e esse mês caiu mais -4,00%.

No que tange às Ações, a queda também foi forte, decréscimo de -2,37%. Como relatei antes, a instabilidade do governo e as dúvidas sobre a aprovação da reforma da previdência estão derrubando a bolsa.

Os Fundos Imobiliários vieram novamente para impedir que o estrago fosse maior, entregando uma rentabilidade de 1,39%. O acumulado do ano já passa de 15%.

Então é isso, dezembro vem ai e o foco serão as retrospectivas e projeções para o futuro. Em relação à aportes, prevejo um mês não muito bom pela frente, dada as altas despesas dessa época de fim de ano.

Abraços!

Ministro

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A Importância de Estar Sempre em Movimento No Mundo Corporativo

oportunidade
 
Não sei se onde vocês trabalham acontece algo semelhante, mas pelo menos no meu trabalho conheço algumas pessoas que estão há 6, 7 anos (ou mais) no mesmo departamento, que às vezes estão saturadas de executar as mesmas atividades, e que embora tenham vontade de mudar de área,  buscar novos ares, dar uma oxigenada depois de anos no mesmo setor, acabam ficando receosas de mudar, mesmo que tenham a chance.

Eles têm medo de que em outro setor o trabalho seja pior, a equipe não seja boa, o clima de trabalho seja ruim. Afinal, é melhor ficar com o que já tem garantido, mesmo que não seja lá essas coisas, do que se arriscar num lugar novo, que, pode ser pior ainda. Mal sabem eles que quando se exclui a possibilidade de outro lugar ser pior, também se exclui a chance de lá ser melhor.

Soma-se a isso o fato que no meu trabalho há uma certa dificuldade em mudar de departamento/coordenação/diretoria. Mesmo que o trabalhador esteja insatisfeito, os gestores são muito resistentes em perder pessoas, resultado disso é que os pedidos para mudança de departamento, geralmente, são negados.

Quando escuto meus colegas de trabalho se queixando que "estão há muitos anos fazendo a mesma coisa", mas que "tem receio de mudar pois pode ir para um lugar pior" eu faço um paralelo com a minha trajetória, que foi totalmente oposta a esse marasmo.

Breve relato: desde que entrei no órgão onde trabalho, de antemão já soube de uma área que fazia uma atividade que me interessava e fui atrás de ser lotado logo de cara nesse setor. Fiz todo aquele trabalho de conversar com gestor da área, mostrar currículo, etc. Estava tudo certo, mas no fim das contas essa negociação não prosperou, mas acabei ficando próximo do gestor dessa área, que hoje ocupa um dos cargos mais altos da organização.

No outro departamento para o qual fui efetivamente lotado, fui perguntado se eu estava disposto a aprender a mexer em códigos SQL (minha formação não tem nada a ver com TI). Minha primeira reação foi de decepção, pois me havia sido negado trabalhar no setor que eu tinha afinidade e queriam me colocar para aprender coisas de TI. Mesmo assim, resolvi encarar o desafio. O resultado é que estive a frente de um trabalho que gerou enorme repercussão e me deu a oportunidade de trabalhar com diversas pessoas importantes de outras áreas da casa.

Não vou ficar aqui contando toda minha trajetória, mas no pouco tempo que tenho de casa (4 a 5 anos) já passei por n situações, tais como: convite para ser chefe, convite para deixar de ser chefe (rsrs), participação em trabalhos Brasil afora, ministrar palestras, participação em CPI, etc. Sempre que tem uma possibilidade interessante de trabalho eu fico com as antenas ligadas e o melhor é que quando nos colocamos abertos às possibilidades, as oportunidades acabam chegando até nós.

Enquanto tem gente com mais tempo de trabalho do que eu que passou anos e anos fazendo a mesma atividade no mesmo setor, minha trajetória foi cheia de reviravoltas, pontos altos e pontos baixos também. Isso acontece por que eu me predisponho a isso, aceito as mudanças e muitas vezes as procuro (eventualmente tendo que ser cara de pau mesmo), assim grandes oportunidades vão surgindo e o networking vai aumentando (claro que algumas decepções fazem parte da jornada). Mesmo quando se recebe um "não", só o fato de se ter tido a coragem e "cara de pau" de tentar já gera uma expansão da rede de contatos e consequentemente de oportunidades.

Vou fechar esse post fazendo um breve relato de uma situação que ocorreu com um conhecido: foi aberto um processo seletivo para um alto cargo. Esse conhecido nunca tinha ocupado chefia nenhuma, de qualquer nível, era da área meio, mas mesmo assim se inscreveu no processo seletivo, na cara de pau, disputando só com gente graúda. Lógico que ele não foi selecionado, mas um dos entrevistadores (que é um gestor de alto cargo) gostou dele, conversou com ele melhor e o convidou para uma chefia de nível mais baixo.

Vejam que esse colega foi "cara de pau" e acabou se dando bem...assim aparecem as oportunidades, elas não caem do céu e nem sempre são resultados de "QI" ou "peixe", tem que correr atrás!

Abraços,

Ministro 

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A Maior Vantagem de Morar de Aluguel: Liberdade!



Muito já se discutiu na blogosfera e diversos outros veículos que tratam sobre finanças sobre o velho dilema: é melhor alugar ou comprar um imóvel? A resposta para essa pergunta envolve um mix: o lado racional (matemática e finanças) e o lado emocional (sonho e segurança da casa própria), de forma que é impossível ter uma resposta pronta para essa pergunta.

Os mais antigos abominam a ideia de morar de aluguel, defendem piamente que é jogar dinheiro no lixo. Quando alguém de mais idade vem me perguntar se pretendo comprar um imóvel na cidade onde vivo atualmente, sempre invento uma desculpa, digo que estou pretendendo comprar, etc. Antes eu até argumentava sobre as vantagens de morar de aluguel, mas vi que esse pessoal tem muito enraizado em seu subconsciente que pagar aluguel é a mais completa burrice, então não vale nem a pena argumentar.

Também não sou defensor ferrenho de morar de aluguel, se surgisse uma boa oportunidade de comprar um imóvel que realmente me agrade e por um preço justo e compatível com meu orçamento e planos futuros eu certamente o compraria, entretanto achar um imóvel que conjugue esses fatores é missão bem difícil, principalmente em determinadas capitais brasileiras em que os preços dos imóveis inflacionaram muito nos últimos anos. Se for pra comprar um apartamento/casa meia boca, ferrando o orçamento, só pra dizer que moro num imóvel próprio, prefiro pagar aluguel, pelo tempo que for necessário.

Entretanto, o cerne desse post é abordar uma das principais vantagens de morar de aluguel em relação a comprar um imóvel: liberdade!



Para exemplificar, vou citar um fato recente que aconteceu eu meu condomínio:

Como hoje em dia tudo vira grupo de Whatsapp, não podia ser diferente com o condomínio, temos um grupo só com os moradores onde são feitas as mais diversas discussões relacionadas ao condomínio. Esses dias uma moradora foi surpreendida ao sair de manhã para trabalhar e se deparou com o seu carro com os quatro pneus esvaziados. Tal fato foi levado a conhecimento dos demais moradores, inclusive com fotos, no tal grupo do Whatsapp, onde se levantaram várias hipóteses: desde ela ter furado os pneus na rua (o que seria difícil, pois foram os 4 pneus) até ser alguma "brincadeira" de crianças do prédio.

Após consultar as câmeras de segurança do prédio, constatou-se que o delito fora cometido por outro morador (adulto), e o pior: o dito cujo praticou tal ato acompanhado de sua mulher e filhos, que riam enquanto o ato delituoso era cometido. Ainda não tomei conhecimento de quem é esse indivíduo, mas certamente não é uma pessoa que bate bem da cabeça. Também não sei qual foi a motivação de tal ato.

Após descobrir tal fato, a dona do carro danificado fez um desabafo no grupo do Whatsapp, relatando o quanto estava triste e frustrada pois havia realizado um sonho de comprar aquele apartamento e reformá-lo inteiro a seu gosto, para no fim das contas ser surpreendida por um vizinho louco, e que estaria perdendo o prazer de ali morar. Apesar disso, dificilmente ela vai se mudar, pois além da fortuna que gastou para comprar o apto, gastou muitos outros Temers para reformá-lo, afora a questão que para vender um apto (e comprar outro) é um processo muito demorado, custoso e burocrático.

Já se algo semelhante acontecesse comigo, e eu realmente perdesse o prazer de morar onde moro, eu simplesmente abriria um site de anúncios de aluguéis, escolheria uns 2 ou 3 imóveis que me agradassem, iria visitá-los, e se eu gostasse de algum, simplesmente notificaria a imobiliária atual que estou saindo e reservaria na outra imobiliária o outro imóvel. É um processo que levaria umas 2 a 3 semanas para ser resolvido, a um custo de R$ 2k a R$ 3k, incluindo pintura, multa de rescisão, aluguel concomitante e mudança.

Mudar de moradia sempre gera transtornos, tanto burocráticos como financeiros, mas para quem mora de aluguel, esse processo é MUITO mais simples, rápido e barato comparando-se com quem mora em casa própria. Justamente por isso, quem mora de aluguel acaba gozando de maior liberdade e mobilidade de moradia, enquanto aqueles que tem casa própria acabam ficando presos àquela moradia, mesmo que tenham vontade de mudar.

Claro que essa questão da liberdade e mobilidade é apenas um aspecto a ser considerado na briga aluguel x casa própria, mas certamente é algo que deve ser levado em conta.

Abraços,

Ministro

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Dúvida Cruel: Aposentadoria Servidor Público - Duas Opções, Qual Escolher?



E ai, tudo tranquilo?

No post de hoje eu vou pedir ajuda para os amigos leitores sobre um dilema que estou sendo acometido, dilema esse relacionado à minha aposentadoria e, portanto, diretamente ligado à independência financeira. Talvez outros colegas que estejam passando pela mesma situação possam compartilhar suas opiniões.

Pois bem, sendo bem direto, a minha situação de aposentadoria hoje é a seguinte: como já mencionei aqui, sou servidor público, e ingressei no serviço público antes de 2014, portanto o meu salário de aposentadoria será equivalente a 80% do salário médio, considerando todo os 80% maiores salários em todo o período que contribui.
Não entendeu? Deixa eu traduzir. A grosso modo, pega-se todos os meus salários de 35 anos de trabalho (420 salário), separa-se os 336 melhores salários, a partir deles tira-se meu salário médio desse período e minha aposentadoria será 80% desse salário médio. A grosso modo é isso.

Pelos meus cálculos grosseiros, meu salário de aposentadoria seria algo em torno de 60% a 70% do meu último salário como servidor ativo. Portanto se eu me aposentar ganhando R$ 20k, minha aposentadoria seria algo em torno de R$ 12k a R$ 14k. É uma queda considerável de renda? Sim, é, mas nem se compara se eu me aposentasse pelo INSS, onde a minha aposentadoria seria de R$ 5,5k (teto de hoje).

(Antes que você já já se dirija ao campo de comentário para criticar os servidores públicos marajás, saiba que comparando-se um servidor que ganha 20k e um empregado da iniciativa privada que ganha 20k, em 35 anos de trabalho o servidor público contribui para a previdência cerca de 300% a mais que o colega da iniciativa privada)

Essa é minha situação atual, mas está sendo oferecida uma migração para outro regime de aposentadoria (que é obrigatório para os servidores que ingressaram após 2014). Nesse regime, os servidores públicos se igualam aos empregados da iniciativa privada, ficando sujeito a receber o teto do INSS.
Em compensação, foi criado um fundo de pensão exclusivo para servidores públicos: o Funpresp. Por esse fundo o servidor pode contribuir mensalmente para uma conta individual de aposentadoria e o fundo vai gerindo esses recursos para, quando da efetiva aposentadoria, o servidor dispor de um complemento salarial. É como se fosse uma previdência privada.



O grande atrativo desse fundo é o patrocínio do poder público: se o servidor aportar R$ 1.000,00 na sua "conta de aposentadoria" a União Federal (ou o ente correspondente) entra com mais R$ 1.000,00 na "conta de aposentadoria" do servidor (lógico que esse patrocínio tem um limite, que é, salvo engano, 8,5% do valor do salário do servidor que exceder o teto do INSS).

Então veja, para que o servidor novo (teto do INSS: R$ 5,5k) tenha uma aposentadoria igual a do servidor antigo (R$12k, no meu exemplo), ele precisaria acumular no Funpresp recursos que lhe deem um complemento de R$6,5/mês por um determinado período de tempo (até morrer).

VANTAGENS E DESVANTAGENS


1) Meu Regime Atual de Aposentadoria

Vantagens:

a) Posso seguir trabalhando "normalmente" e quando chegar o dia de me aposentar, irei ganhar um ótimo salário, ou seja, mesmo que eu tenha pouca ou nenhuma reserva financeira, ainda receberei uma aposentadoria que me permitirá viver muito bem.

b) A aposentadoria é vitalícia, ou seja, não importa até quando eu viva, se lá na frente a medicina avançar a ponto de eu viver por 120 anos, o governo vai me pagar a minha aposentadoria até eu morrer.

Desvantagens:

a) A contribuição previdenciária que pago mensalmente é muito maior que a de quem está no regime do INSS. Eu pago hoje 11% sobre meu salário integral, no outro regime, o pessoal paga 11% sobre o teto do INSS. Portanto quem ganha R$ 20k no meu regime, tem descontado R$ 2.200,00 por mês de contribuição previdenciária, já o pessoal do novo regime tem descontado apenas R$ 600,00 + contribuição para o Funpresp (o teto, com patrocínio equivalente da União seria uns R$ 1.200,00).

b) Foi recentemente editada uma medida provisória que aumenta o percentual de contribuição previdenciária de 11% para 14% sobre o salário integral, ou seja, redução salarial. Sabe-se lá se daqui há 10 anos o governo inventa de subir esse percentual para 18%, depois 22%, e assim por diante.

c) O meu regime é, digamos, comunitário e solidário. Todo mundo contribuiu para uma conta única e esses recursos vão sendo consumidos por quem já está aposentado. Não preciso nem dizer que há um risco de daqui há uns anos o governo não tenha mais como pagar essas aposentadorias.

d) Se eu quiser sair do serviço público antes de me aposentar (idade mínima é hoje de 60 anos com expectativa de subir para 65), eu perderei minha aposentadoria de servidor público e ficarei, no máximo, com o tempo de serviço que pode ser usado para me aposentar pelo INSS. Ou seja, perco tudo que contribui durante todos os anos, e ganharei no máximo o teto do INSS. Portanto, para ganhar a aposentadoria de servidor eu fico "preso" ao serviço público até os 60 anos (e pode ser que suba para 65 anos).


2) Novo Regime (Teto do INSS + Funpresp)

Vantagens:

a) Terei um desconto menor referente a contribuição previdenciária (como relatei logo acima), o que deixará mais recursos na minha mão para eu investir por conta própria (diferença não é tão significativa mas é uma diferença).

b) a contribuição é feita para uma conta individual de aposentadoria, portanto posso acompanhar, sempre que eu quiser, o saldo da minha conta e a evolução do meu bolo de aposentadoria.

c) se eu me aposentar antes de atingir a idade mínima (hoje é 60 anos), ainda posso sair recebendo uma parte (não sei exatamente quanto) dos recursos que eu (e o governo como patrocinador) investiu na minha "conta aposentadoria", podendo também fazer a portabilidade para outra previdência privada.

Desvantagens:

a) Como se trata de uma empresa pública, o Funpresp (fundo de pensão) está sujeito a todos os males que esse tipo de organização sofre, principalmente má gestão e corrupção. Portanto pode ser que daqui há uns anos se identifique um rombo nas contas do Funpresp sendo necessário que até os aposentados contribuam novamente para reerguer o caixa do fundo (como aconteceu com os fundos de pensão dos Correios, Petrobras, Banco do Brasil e Caixa).

b) Pode ser que depois de todo o tempo de contribuição, o valor acumulado não seja suficiente para me dar uma aposentadoria equivalente a que eu teria caso tivesse ficado no meu regime atual de aposentadoria.

c) Pode ser que o valor acumulado na minha conta aposentadoria possibilite o pagamento de uma boa aposentadoria durante X anos que prevejo como expectativa de vida, mas se na pratica eu viver mais que o previsto, os valores vão acabar, ao contrário do meu regime atual em que a aposentadoria é vitalícia.

CONCLUSÃO


Essa é minha dúvida cruel. É muito difícil tomar uma decisão dessas sabendo que não tem volta e que é algo que pode me impactar daqui a 20 ou 30 anos.

Por enquanto, meu lado racional tem me dito que é melhor migrar para o novo regime (Funpresp), por outro lado, meu lado emocional diz que se o governo está incentivando os servidores "antigos" a migrarem para o Funpresp, isso quer dizer que o regime antigo é melhor para o servidor (já que o governo sempre quer gastar menos).

Ademais, o meu maior medo nessa migração é a gestão que o Funpresp vai fazer dos recursos. Tudo bem que tem conselho de gestão, conselho fiscal, e o escambal, mas ontem, numa conversa de elevador, ouvi uma pessoa dizendo que um ex-presidente (ou gestor importante, não sei ao certo) do Funpresp havia sido nomeado por indicação da Rosemary Noronha (amante do Lula que foi presa há tempos atrás). Não sei até que ponto isso é fofoca/teoria da conspiração, mas é um risco real.

No órgão onde trabalho, muitos servidores do regime antigo decidiram migrar para o Funpresp e outros tantos estão na mesma dúvida que eu.

Dúvida cruel....alguém tem alguma sugestão?

Abraços!

Ministro

domingo, 5 de novembro de 2017

Cartinha da Receita Federal: Caí na Malha Fina! Adeus Minha Restituição!


Sempre que olho minha caixa de correio e vejo que tem algum papel dentro já sei que não são boas notícias. Pode até ser que antigamente as boas notícias chegassem pelos correios, mas hoje em dia, elas usam outros modais. Correspondência física atualmente é quase sinônimo de contas pra pagar ou coisas inúteis.

Eu não acho ruim receber contas pra pagar: condomínio, energia, aluguel, etc. Estou pagando pelo usufruto de um serviço e que felizmente tenho condições de pagar. O problema é quando a conta é referente a algo que não usufruí, principalmente por imposição estatal, como é o caso de impostos e multas trânsito.

Essa semana, ao checar minha caixa de correios, verifiquei que além das cartinhas inúteis dos fundos imobiliários e as contas padrão que chegam todo mês, tinha uma cartinha diferente, da Secretaria da Receita Federal. Como esse ano eu não acompanhei pela internet o processamento da minha declaração de imposto de renda, imaginei na hora que poderia ser algum problema relacionado a isso. Dito e feito!

O fiscal da Receita não perdoa

A cartinha dizia apenas que havia uma pendência relacionada à minha declaração de imposto de renda, e que eu deveria verificar a situação e, se for o caso, fazer a retificação. De pronto, isso já significava que a restituição que eu estava esperando para dezembro, no valor de pouco mais de R$ 2.000,00 iria atrasar (antes fosse só o atraso).

Me loguei então no portal da receita para ver o processamento da minha DIRPF e verifiquei o motivo da pendência: a Receita Federal detectou (por meio dos dados fornecidos pela maldita imobiliária) que eu tive receitas de aluguel que não foram declaradas.

Realmente eu tive essas receitas e não declarei-as, não por maldade, digamos que por leniência. Infelizmente a Receita Federal detectou isso e eu, como bom cidadão, fui retificar meu IR para ajustar essa situação.

Eu sabia que minha restituição diminuiria ao inserir essa renda, entretanto, após fazer o ajuste no programinha da receita, minha restituição não só foi para o saco, como agora teria que pagar R$ 420 a mais de imposto. Nossa, que revolta! Desde que comecei a declarar imposto de renda eu nunca havia tido que pagar imposto a mais, sempre recebi alguma coisa de restituição.

Na minha indignação, fiz algumas alterações na declaração estudando algumas possibilidades de não ter que dar mais do meu sangue ao governo, entretanto a situação só piorava. Me conformei então em pagar os R$ 420,00 e inseri os dados novamente do jeito que estavam, entretanto, com os mesmíssimos dados o sistema está dizendo que terei que pagar R$ 550,00 de imposto! Puta que paril! É pra foder o cidadão!

Ok, eu vou ter que pagar essa merda de imposto, não vai ter jeito, vou ter que dar adeus à minha expectativa de aporte recorde em dezembro, mas toda essa situação me fez refletir sobre algo e que é assunto para muita discussão:

Até que ponto vale a pena ter um imóvel para alugar, considerando, além de todos os transtornos com manutenção e vacância,  a incidência feroz de imposto de renda (principalmente para quem já tem outras fontes de renda que atingem a alíquota máxima de tributação)?

Essa situação me fez refletir sobre isso, pois, ao inserir os aluguéis na minha declaração de imposto de renda, eu tive um prejuízo de R$ 2.500,00 (perdi R$ 2k de restituição e vou ter que pagar R$ 500,00 de imposto). Isso é equivalente a mais ou menos uns 2,5 aluguéis.  Será que vale a pena ter um imóvel para alugar, em que tenho que dar quase 3 aluguéis pro governo?

Vou refletir sobre isso...

Abraços

Ministro

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Atualização Patrimonial Outubro/2017: R$ 223.402,04 (+ R$ 4.227,25) e Rentabilidade (- 0,15%)



Então chegamos a mais um fechamento mensal, e mais um mês na conta da corrida pela independência financeira.

Não sei se algum leitor mais assíduo percebeu, mas em outubro eu não fiz nenhuma postagem, motivos: um misto de trabalho um pouco mais puxado e preguiça. Mas novembro será diferente, pelo menos assim espero.

Uma coisa que achei interessante nesse mês sem postagens é que, como não escrevi, o blog não ficou em evidência nos blogrolls dos parceiros da blogosfera, atraindo menos visitas originárias de outros blogs, o que levou o Google a ser o meu maior fornecedor de tráfego em outubro. Não foi nada de outro mundo mas é legal ver os acessos orgânicos crescendo.
Ademais, estou com um mega questionamento me atormentando há algum tempo que envolve aposentadoria e independência financeira, e pretendo fazer um post sobre isso para coletar opinião dos amigos leitores. Preciso tomar uma decisão até o próximo ano e que vai impactar a minha aposentadoria lá na frente (daqui uns 20 a 30 anos), e por enquanto estou bem perdido! Mas isso será assunto para um post vindouro.

Como eu disse, no trabalho está um pouco puxado, e vai ficar mais ainda a partir de novembro, quando se iniciará um novo projeto em que estou alocado. A expectativa é trabalhar novembro e dezembro intensamente nesse projeto para deixar tudo 90% pronto até o fim do ano. Uma novidade interessante é que pretendo executar parte desse projeto em regime de home office, o que será uma experiência nova pra mim....vamos ver se consigo me adaptar. A princípio penso em ter o dia inteiro livre e trabalhar a noite/madrugada. Vamos ver na prática se isso funcionará.

Agora vamos falar do que interessa: MONEY!

Esse mês eu tomei uma decisão e espero que tenha sido acertada em relação ao meu imóvel (que como relatei antes, o inquilino desocupou esse mês de outubro). Poucos dias após o imóvel estar anunciado novamente para locação, surgiu uma pessoa interessada e fez uma proposta. Vamos ao dados: eu aluguei esse imóvel por R$ 950,00 em 2015, o aluguel, com os reajustes, já estava uns R$ 1.100,00.

O imóvel está anunciado por R$ 1.000,00 e, como eu disse, surgiu uma pessoa interessada, mas oferecendo uma proposta de alugar por R$ 800,00. Segundo a imobiliária, tal pessoa disse que esse era o valor máximo que ela teria condição de pagar e não teria negociação. 
Fiquei tentado em aceitar, para garantir logo o aluguel e evitar ficar arcando com os custos do imóvel (principalmente condomínio), entretanto não gostei dessa postura de a pessoa chegar com uma proposta jogando o preço lá embaixo e não aceitar nenhuma negociação. O imóvel é meu e quem dita as regras sou eu. Informei para a imobiliária que o mínimo que eu aceitaria era R$ 900,00. Considerei ainda que se o inquilino chega com essa "marra" e com orçamento apertado, as chances de inadimplência são maiores. Espero que eu tenha tomado uma decisão acertada.

Falando agora da carteira....

O aporte do mês foi de R$ 4.000,00, totalmente destinado à renda variável. Por enquanto comprei MDIA3 (que deu uma caída violenta antes da divulgação do balanço, aproveitei para comprar mais um punhado de ações pois trata-se de uma empresa que acredito muito) e FIGS11 (papel polêmico, que tem renda garantida até abril/2019, mas que resolvi apostar nele). Ainda sobraram uns R$ 1.000,00 na conta da corretora que decidirei como alocar nos próximos dias. Com a divulgação dos balanços do 3º trimestre o mercado está meio eufórico, vou esperar dar uma acalmada.

A carteira ficou então da seguinte forma:


 As carteiras de Ações e FIIs ficaram da seguinte forma:





Em relação à rentabilidade, como se pode ver no título do post, o meu mês de outubro foi negativo, rentabilidade de - 0,15%. Principal vilão da rentabilidade foram os títulos públicos, conforme demonstrativo seguinte:


 Observa-se que as ações também tiveram uma leve queda, enquanto os fundos imobiliários continuam voando.

A rentabilidade geral da carteira ficou da seguinte forma:


 É o segundo mês nesse ano que fecho negativo, mas esse vai e vem faz parte do mercado. Além disso, foram quedas leves, nada que possa gerar qualquer preocupação ou alarme, pelo menos por enquanto.

Por enquanto é isso, agora em novembro pretendo escrever um pouco mais, já tenho alguns assuntos interessantes em mente!

Abraços

Ministro